A importância do contexto nas questões de avaliações externas

Nas últimas décadas, as avaliações externas, como o Enem e o Saeb, evoluíram significativamente para acompanhar as demandas do mundo contemporâneo. Hoje, mais do que testar a memorização de conteúdos, essas provas avaliam a capacidade dos estudantes de aplicar o que aprenderam em situações reais e complexas. Essa abordagem reflete um objetivo maior da educação: formar cidadãos críticos, capazes de resolver problemas e tomar decisões informadas.

O que é uma questão contextualizada?

Uma questão contextualizada apresenta um problema ou situação que simula um cenário do cotidiano ou de relevância social. Ao contrário de questões puramente científicas, que frequentemente se limitam ao domínio teórico, as questões contextualizadas exigem que os alunos mobilizem conhecimentos para resolver desafios com aplicações práticas.

Exemplo de questão puramente científica: “Calcule a massa molar do ácido sulfúrico (H2SO4).”

Aqui, o foco está apenas no conhecimento específico e na habilidade de cálculo, sem nenhuma ligação com situações do mundo real.

Exemplo de questão contextualizada: “O soro fisiológico é uma solução aquosa de cloreto de sódio (NaCl) comumente utilizada para higienização ocular, nasal, de ferimentos e de lentes de contato. Sua concentração é 0,90% em massa e densidade igual a 1,00 g/mL.

Qual massa de NaCl, em grama, deverá ser adicionada à água para preparar 500 mL desse soro?” Enem 2016.

Perceba que essa questão insere o assunto insere o assunto de grandezas em um cenário concreto, incentivando a resolução de problemas mais amplos.

Por que privilegiar situações contextualizadas?

As situações contextualizadas promovem um aprendizado mais significativo, pois conectam os conteúdos escolares à realidade vivida pelos estudantes. Além disso, elas incentivam:

  • O pensamento crítico: o aluno precisa interpretar o cenário, identificar o problema e selecionar o conhecimento adequado para resolvê-lo.
  • A tomada de decisões: as questões contextualizadas frequentemente apresentam múltiplos caminhos para a solução, exigindo uma análise cuidadosa das opções.
  • A preparação para a vida cidadã: problemas contextualizados, como os que envolvem sustentabilidade, economia ou saúde, ajudam os estudantes a compreender e atuar em questões relevantes para a sociedade.

Conteúdo, habilidade e competência: como eles se relacionam

Para que uma questão contextualizada seja eficaz, é preciso que conteúdos, habilidades e competências estejam integrados.

  1. Conteúdo: refere-se ao conhecimento específico, como as leis da física ou as propriedades químicas.
  2. Habilidade: é a capacidade de aplicar esse conhecimento, como interpretar um gráfico ou resolver uma equação.
  3. Competência: trata-se da mobilização de conteúdos e habilidades para solucionar problemas complexos e contextualizados.

Um exemplo clássico é uma questão de matemática financeira que exige conhecimentos de porcentagem (conteúdo), habilidade de cálculo e a competência de avaliar a viabilidade de um investimento.

Conteúdo aplicado a situações-problemas

As avaliações externas buscam sempre trazer situações-problemas que dialoguem com a realidade do aluno. Alguns exemplos:

  • Matemática: Um enunciado pode apresentar a fatura de consumo de energia elétrica de uma residência, pedindo ao aluno para calcular o impacto de uma redução de consumo no valor da conta.
    Comando: “Considerando uma redução de 15% no consumo mensal de energia, calcule o novo valor da conta.”
  • Linguagens: Uma questão pode trazer um artigo de opinião sobre a reciclagem e pedir que o estudante identifique os argumentos principais.
    Comando: “Qual dos argumentos apresentados é fundamentado com dados estatísticos?”
  • Ciências: Um problema pode envolver a análise de um gráfico sobre o aquecimento global, pedindo para correlacionar os dados com a emissão de gases poluentes.
    Comando: “Com base nos dados apresentados, explique como a redução das emissões de CO2 pode influenciar na temperatura média do planeta.”

As exceções: quando o conteúdo é o foco

Embora o foco das avaliações externas em situações contextualizadas seja predominante, alguns conteúdos possuem uma função estruturante e, por isso, são avaliados de maneira mais direta, principalmente quando os testes são dirigidos a alunos que cursam o início de etapas escolares, como o 6o e o 7o ano do Ensino Fundamental ou a 1a e a 2a série do Ensino Médio, pois estão aprendendo temas que servem de base para conceitos mais complexos.

Por exemplo, a compreensão das leis de Newton é indispensável para fenômenos aplicados, como a aerodinâmica. Da mesma forma, na química, o estudo das ligações iônicas é essencial para entender reações químicas mais sofisticadas.

Avaliações externas de qualidade

Na TRIEduc, compreendemos que o sucesso das avaliações externas depende de uma análise minuciosa do nosso público-alvo, do objetivo da avaliação e da forma como as respostas dos alunos será coletada.

Nesse sentido, nossos simulados Enem e Saeb são cuidadosamente elaborados com questões contextualizadas, mas quando nos dedicamos à criação de avaliações personalizadas para alunos de anos escolares intermediários, por exemplo, podemos incluir questões conteudistas que se relacionam mais diretamente à maneira como o estudante está sendo apresentado ao tema em sala de aula, promovendo, assim, um momento de aprendizado significativo e preparando-os para os desafios do mundo real.

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