Números que importam: os maiores desafios dos estudantes brasileiros nas avaliações externas

As avaliações externas em larga escala são ferramentas cruciais para medir a qualidade da educação e o progresso dos estudantes ao longo do tempo, fornecendo dados que orientam políticas educacionais e práticas pedagógicas. No entanto, os resultados dessas avaliações revelam desafios significativos enfrentados pelos estudantes brasileiros, tanto em instituições públicas quanto privadas.

Desempenho do Brasil no PISA

O Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (PISA), conduzido pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), avalia estudantes de 15 anos em leitura, matemática e ciências.

Os resultados mais recentes indicam que o Brasil permanece entre as últimas posições no ranking global. Em matemática, 73% dos estudantes brasileiros registraram baixo desempenho, ficando abaixo do nível 2, considerado o padrão mínimo pela OCDE. Apenas 1% atingiu alto desempenho (nível 5 ou superior). Em leitura, 50% dos estudantes apresentaram desempenho abaixo do nível 2, e somente 2% alcançaram níveis elevados. Em ciências, 55% dos estudantes ficaram abaixo do nível 2, com apenas 1% atingindo alto desempenho.

Desempenho em avaliações nacionais: SAEB e IDEB

No contexto nacional, o Sistema de Avaliação da Educação Básica (SAEB) e o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) são referências para medir a qualidade do ensino.

No que tange ao fluxo escolar, no ensino fundamental, a taxa de aprovação passou de 91,7% em 2019 para 98,4% em 2020, caindo para 96,3% em 2021. No ensino médio, a aprovação foi de 84,7% em 2019 para 94,4% em 2020, reduzindo para 89,8% em 2021.

De acordo com o Relatório de Resultados do Saeb 2021, houve uma queda no desempenho dos estudantes em Língua Portuguesa e Matemática nos últimos anos. Por exemplo, no 5º ano do Ensino Fundamental, a proficiência média em Língua Portuguesa diminuiu de 215 pontos em 2019 para 208 pontos em 2021. Em Matemática, a queda foi de 224 para 217 pontos no mesmo período.

Desempenho das escolas privadas

Embora as escolas privadas geralmente apresentem desempenho superior ao das públicas, os desafios persistem. Estudos indicam que, mesmo entre os estudantes brasileiros mais ricos, o desempenho está abaixo da média internacional, ficando aquém de estudantes com o mesmo nível socioeconômico em outros países.

Desigualdades regionais e socioeconômicas

As disparidades regionais e socioeconômicas continuam a influenciar o desempenho dos estudantes. Estudantes de regiões menos favorecidas apresentam resultados inferiores em comparação com aqueles de áreas mais desenvolvidas. Fatores como infraestrutura escolar inadequada, falta de recursos didáticos e contextos socioeconômicos desfavoráveis contribuem para essas diferenças.

Desempenho em outras avaliações internacionais

Além do PISA, o Brasil participa de outras avaliações internacionais, como o Trends in International Mathematics and Science Study (TIMSS).

No TIMSS 2023, os resultados foram preocupantes: no 4º ano do ensino fundamental, o Brasil obteve média de 400 pontos em matemática, 103 pontos abaixo da média dos países desenvolvidos. No 8º ano, a média foi de 378 pontos, também inferior ao nível mínimo esperado.

Em ciências, o desempenho foi um pouco melhor, com médias de 425 pontos no 4º ano e 420 pontos no 8º ano, ainda distantes das médias internacionais.

Convite à ação

Os desafios evidenciados pelos dados das avaliações educacionais não devem ser apenas números em um relatório, mas sim um ponto de partida para reflexões e ações estratégicas dentro das instituições de ensino. É fundamental que gestores educacionais entrem em contato com esses dados, analisem os relatórios detalhados que descrevem os diferentes níveis de proficiência dos estudantes e promovam discussões com suas equipes pedagógicas sobre medidas concretas para a melhoria da aprendizagem.

As avaliações externas em larga escala desempenham um papel essencial na construção de uma educação mais equitativa e eficaz. Elas permitem identificar fragilidades no ensino, embasar políticas públicas e definir estratégias que impactam diretamente a formação dos estudantes e, consequentemente, o futuro da sociedade.

A TRIEduc está à disposição para apoiar sua instituição nesse processo, oferecendo soluções personalizadas em avaliação educacional e interpretação de resultados. Entre em contato conosco e descubra como transformar dados em ações efetivas para garantir uma educação de qualidade para todos.

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Sobre a TRIEduc

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