Apesar da importância pedagógica das avaliações, muitas vezes, o foco excessivo nos procedimentos técnicos resulta em uma fragmentação do processo avaliativo. Esse tipo de análise puramente quantitativa do desempenho leva à valorização da seleção e promoção dos alunos com base em notas, sem distinguir o que foi realmente aprendido.
Mas as notas, por si só, não refletem habilidades desenvolvidas, comportamentos transformados ou valores solidificados. Avaliar, na educação, vai além de medir. Por isso, em sala de aula, é necessário que os docentes adotem uma abordagem que localize os estudantes em suas jornadas de aprendizagem, e tenham à disposição dados que evidenciem o processo educacional.
Avaliação inclusiva: considerando as diferenças
A inclusão escolar requer que as avaliações considerem as diferenças dos estudantes sem relativizá-las ou centrá-las apenas em limitações físicas ou intelectuais.
As diferenças sociais, por exemplo, exigem um olhar mais profundo sobre a questão educacional. Mas esses fatores, embora limitadores, não são impeditivos para a aprendizagem.
Pensar em inclusão escolar é transcender deficiências e limitações, superando a exclusão que muitos estudantes enfrentam. A verdadeira inclusão permite o acesso ao conhecimento sistematizado, a permanência na escola por mais tempo e a saída com o domínio de um conhecimento que favoreça o exercício da cidadania.
A avaliação inclusiva é realizada a partir da certeza de que absolutamente todos os seres humanos são capazes de aprender.
Avaliação como ação mediadora
Segundo Hoffmann (2001), a avaliação deve ser uma ação mediadora entre o aluno e o conhecimento, servindo como um guia para ações pedagógicas reflexivas e críticas.
Uma avaliação mediadora, portanto, confronta objetivos pretendidos e alcançados, apoiada por um planejamento que permite aos educadores acompanhar e compreender a progressão dos alunos.
Nesse cenário, os registros na avaliação ganham especial importância, uma vez que devem ser capazes de refletir a história construída com o aluno.
“O que se diz sobre o aluno é o que se construiu com ele, e revela o que se fez e se deixou de fazer para favorecê-lo em termos de sua experiência educativa” (p. 207).
Avaliação inclusiva: um processo contínuo e contextualizado
A avaliação na perspectiva inclusiva, portanto, é contínua e contextualizada, tendo como referência a trajetória individual do estudante.
Quaisquer tipos de classificações ou comparações são evitados, pois a educação inclusiva reconhece que cada pessoa tem um modo singular de acessar, produzir e expressar conhecimento.
Por isso, a avaliação demanda estratégias e ferramentas diversificadas, respeitando as especificidades de cada aluno. Todos são diferentes, e é necessário pensar em estratégias de avaliação diversificadas para todos.
Valorizando erros e produções autorais
Na avaliação inclusiva, os erros são bem-vindos, e produções autorais são valorizadas. Uma mesma situação-problema pode suscitar múltiplas estratégias de solução, o que contribui para tornar os processos de avaliação uma nova oportunidade de aprendizagem.
O que importa é que a análise dos dados coletados seja eficiente em reconhecer a evolução do aluno em relação ao que ele sabia ou era capaz de fazer anteriormente.
Na TRIEduc, fornecemos a gestores educacionais e docentes dados detalhados que evidenciam o nível de desenvolvimento das competências e habilidades dos alunos ao longo do tempo.
Nossos relatórios, gerados com base na Teoria de Resposta ao Item (TRI), oferecem informações quantitativas e qualitativas sobre recortes muito bem delimitados do currículo, relacionados a aspectos que são possíveis de ser avaliados por meio de testes de múltipla escolha.
Nosso objetivo, portanto, é fortalecer a capacidade de análise de educadores com informações adicionais que, combinadas com os estudos e registros feitos em sala de aula, ajudam a construir um perfil mais completo de cada estudante, destacando seus potenciais e identificando suas dificuldades educacionais, para o desenvolvimento de medidas de intervenção úteis e adequadas.
Entre em contato com a TRIEduc para saber mais sobre como podemos ajudar sua instituição a realizar avaliações educacionais eficazes. Juntos, podemos transformar a educação e garantir que todos os alunos tenham a oportunidade de alcançar seu pleno potencial!
HOFFMANN, Jussara. Avaliar para promover: as setas do caminho. Porto Alegre: Ed. Mediação, 2001.
