O Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) é um marco crucial para milhões de estudantes que almejam ingressar no ensino superior no Brasil. A redação, parte superimportante desse exame, é frequentemente envolta por mitos e interpretações equivocadas, que confundem os candidatos.
Por isso, neste artigo, trouxemos as características essenciais da avaliação de redação do ENEM, para solucionar suas dúvidas e ajudar seus alunos a conquistarem a nota 1000 este ano.
Mito: A redação do ENEM sempre solicita o desenvolvimento do mesmo gênero textual
Verdade! O ENEM exige dos candidatos o desenvolvimento de textos no gênero dissertativo-argumentativo.
Este formato demanda a exposição clara de ideias, desenvolvimento de argumentos consistentes sobre o tema proposto e a elaboração de uma proposta de intervenção para os problemas abordados.
Se um dia o INEP (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), autarquia ligada ao Ministério da Educação, que é o órgão responsável pela elaboração do exame, mudar de ideia, certamente avisará a todos com antecedência.
Mito: Falar mal do governo faz zerar a redação
Mentira! A redação do ENEM valoriza a liberdade de expressão.
Por isso, em seus textos, os alunos podem tecer críticas ao governo, a governantes e a instituições, mas estas precisarão estar bem fundamentadas e deverão contribuir para o fortalecimento da argumentação. As propostas de intervenção, por exemplo, podem apontar caminhos que minimizam erros do governo e do cenário político em que vivemos.
Falando em proposta de intervenção…
Mito: Escrever uma proposta de intervenção é obrigatório
Verdade! O ENEM pede claramente que os alunos apresentem uma proposta de intervenção que solucione ou mitigue o problema apresentado no tema.
Contudo, se um candidato deixa de incluir uma proposta de intervenção, ele não terá o texto anulado, apenas perderá uma quantia considerável de pontos.
É preciso lembrar que o ENEM reserva 20% da nota (isto é, 200 preciosos pontos) apenas para esse trecho. E como a instrução de incluir a proposta de intervenção aparece na própria prova, o candidato pode ser ainda mais penalizado se considerados os critérios da competência “Compreensão da Proposta”.
Mito: a folha de redação rasurada causa perda de pontos
Mentira! Na tábua de critérios de correção do ENEM não há penalidade específica para folhas rasuradas. A clareza na escrita é importante, mas rasuras em si não acarretam descontos na nota.
Mito: usar palavras difíceis aumenta a nota na redação
Mentira! A clareza e a coesão textual são mais cruciais do que um vocabulário rebuscado. A simplicidade bem aplicada é valorizada.
Mito: nem todo posicionamento perante o tema é aceito
Verdade! O ENEM exige respeito aos direitos humanos. Por isso, seus alunos jamais devem ferir esses princípios propondo, por exemplo, ações como censuras e restrição do acesso à informação ou do direito de ir e vir. Ou ainda, utilizar argumentos pautados na intolerância religiosa e na supremacia de determinado grupo de pessoas.
Enfim, qualquer tipo de discriminação que fira a dignidade humana ou a igualdade de direitos pode causar a anulação do texto.
Mito: incluir referências populares anulam o texto
Mentira! Referências culturais (séries, filmes, HQs, tirinhas, charges, novelas, músicas) são bem-vindas se mostrarem como o repertório do candidato é rico.
O importante é apresentar referências que dialoguem com a proposta e que sirvam para ilustrar o raciocínio proposto.
Descobriu algo que você não sabia sobre a redação do ENEM?
Busque compreender os critérios de correção do exame e ofereça aos seus alunos os Simulados ENEM da TRIEduc!